Era uma vez, um pobre lenhador, pai de João e Maria, vivia numa casa, perto de uma grande floresta. Certa ocasião, uma grande crise veio sobre o país e a situação do lenhador ficou muito má. Não conseguia alimentos para os filhos e assim não conseguia dormir à noite.
A madrasta sugeriu, então, que os filhos fossem levados para o interior de uma floresta, onde seriam abandonados. O pai não gostou muito da ideia, mas acabou por concordar. Lá foram os 3 floresta a dentro. João, que tinha escutado a conversa, juntou pedrinhas de cascalho que foi deixando cair pelo caminho para que pudesse encontrar o caminho de regresso.
No meio da floresta, o pai acendeu uma fogueira para aquecer os meninos. O pai disse que iria cortar lenha na floresta, mas voltou para casa. Como o pai nunca mais chegava, João e Maria resolveram voltar para a casa. Foi só seguirem o caminho das pedrinhas.
Quando chegaram a casa, o pai ficou imensamente alegre, a madrasta, porém, não gostou do regresso deles.
Algum tempo mais tarde, a miséria assolou ainda mais aquele país. A mulher voltou a queixar-se ao marido:
– Não temos comida suficiente. Precisamos de levar estas crianças para um lugar ainda mais distante.
O pai ficou ainda mais triste, mas acabou por deixar-se convencer outra vez pela mulher.
João de novo ouviu novamente a conversa e resolveu ir juntar algumas pedrinhas novamente, mas, desta vez, a madrasta tinha trancado a porta do quarto dos dois.
Na manhã seguinte, foram todos para uma floresta bem distante. Desta vez, João foi deitando pedacinhos de pão para marcar o caminho de regresso. As crianças, desta vez, foram abandonadas num lugar muito mais longe de casa. Quando resolveram voltar, João não conseguiu encontrar os pedaços de pão que tinham deixado cair ao longo do caminho porque os passarinhos tinham comido tudo.
Durante três dias e três noites, os dois andaram perdidos na floresta. De repente, encontraram uma casinha feita de pão e bolos. Como estavam com muita fome, comeram pedaços da casa. Enquanto comiam, saiu de dentro da casa uma velha de bengala que os convidou a entrar, fingindo-se de boazinha, mas ela não passava de uma bruxa malvada.
Quando entraram na casa, a bruxa prendeu João. Alimentava-o muito bem para ficar gordinho e poder comê-lo depois. João, sabendo qual era a sua intenção, mostrava-lhe sempre um pedaço de osso quando ela vinha verificar os seus dedos.
A bruxa não percebia, porque era meio cega. Um dia, a paciência da bruxa esgotou-se e ela pediu a Maria que acendesse o forno para que pudesse comer João, mes-mo magro. Maria ficou muito triste, mas com medo da bruxa, teve que lhe obedecer.
Quando a bruxa se aproximou do forno, Maria empurrou-a lá para dentro.
Os dois, agora, estavam livres.
João colocou a comida da casa num cesto e saíram em busca da casa dos pais. Depois de vários dias de procura, acabaram por encontrar a sua própria casa. Os pais receberam-nos com muita alegria e estavam muito arrependidos por os terem abandonado aos dois.