Anne Frank nasceu em Frankfurt, na Alemanha, em 1929.
Os seus pais chamavam-se Otto e Edith Frank. Para eles, a vida na Alemanha era difícil, porque eram judeus. Os judeus eram perseguidos pelos nazis, um partido político que tinha o apoio e muitos alemães. Culpavam o povo judeu por tudo o que acontecia de mau no seu país. O líder do partido, Adolf Hitler, tinha o plano (conhecido por Holocausto) de se livrar de todos os judeus e assim, milhões de pessoas morreram nos locais onde os juntavam, os campos de concentração.
Otto e Edith sabiam que, para a sua segurança, tinham de fugir do país e mudaram-se para Amsterdão, nos Países Baixos e Anne Frank adorava a sua nova vida e os seus novos amigos.
Entretanto, na Alemanha, Hitler estava determinado a conquistar a Europa e em 1940, invadiram Amsterdão.
O pai de Anne sabia que era uma questão de tempo até o apanharem e até criou um compartimento secreto no escritório para a família se esconder.
Nessa altura, Anne recebeu um bloco de notas vermelho de capa axadrezada que ela usou como diário e, graças ao que escreveu, sabemos exatamente como era a vida no anexo secreto. Todos os dias, a família tinha de se manter o mais silenciosa possível. A maioria dos empregados do escritório não conhecia o anexo e o mais pequeno movimento do chão de madeira, podia denunciá-los. Estavam dependentes de amigos para lhes trazerem alimentos e essa ação era muito perigosa, porque quem fosse apanhado a ajudar os judeus, poderia também ser punido.
Anne usava o diário para partilhar os seus pensamentos e desabafava as suas esperanças, medos e frustrações. Era neste diário que Anne mantinha os seus sonhos para o futuro e a esperança pela paz, pela liberdade e o sonho de que a guerra acabasse.
O esconderijo durou dois anos e tragicamente foram descobertos e levados para um campo de concentração. O único sobrevivente foi o pai de Anne.
Quando Otto leu o diário que a filha escreveu, ficou tão comovido que se sentiu na obrigação de partilhar aquela história com o resto do mundo. E e assim foi, “O Diário de Anne Frank” foi publicado em mais de 60 línguas e é um dos livros mais vendidos de sempre.