Diogo de Teive foi um navegador e escudeiro da Casa do Infante D. Henrique, a quem se deve o reconhecimento das ilhas do Grupo Ocidental dos Açores, as Flores e o Corvo, de que foi primeiro donatário.
Filho de Lopo Afonso de Teive, escudeiro da Casa do Infante D. Henrique e juiz ordinário na cidade do Porto, e de sua mulher Leonor Gonçalves Ferreira, irmã do bispo de Coimbra, terá nascido por volta do ano de 1415 na cidade do Porto.
Tal como seu pai, foi escudeiro da casa do Infante D. Henrique, e foi nessa qualidade que realizaria duas viagens de exploração dos mares dos Açores. Por volta de 1450, na sequência da doação da capitania da ilha Terceira a Jácome de Bruges, participou no processo de povoamento da ilha, onde estaria depois na qualidade de ouvidor do capitão do donatário.
Algum tempo depois, em 1452, juntamente com seu filho, João de Teive, realizaria uma viagem de exploração para ocidente, durante a qual avistaria as ilhas das Flores e do Corvo, as últimas a serem reconhecidas no arquipélago dos Açores. Esta descoberta ocorreu no regresso da sua segunda viagem, sendo aquelas ilhas inicialmente consideradas como um novo arquipélago, com o nome de ilhas Floreiras.
Nesta viagem, para além da descoberta das ilhas do Grupo Ocidental açoriano, Diogo de Teive terá avistado os Grandes Bancos da Terra Nova. Por causa disso, é mencionado por D. Fernando Colombo, filho de Cristóvão Colombo, e por Bartolomé de Las Casas, como o navegador que, quatro décadas antes de Colombo, empreendera uma viagem às Américas.
Partiria depois para a Madeira a mando do Infante D. Henrique, onde se estabeleceria, para implementar um engenho de água para a produção de açúcar, seguindo uma década mais tarde para a ilha Terceira, onde enfrentaria intensos conflitos com o donatário Jácome de Bruges.
Alguns descendentes de Diogo de Teive obtiveram particular reconhecimento, como foi o caso de frei António de Teive, teólogo e pregador agostiniano, e Diogo de Teive, célebre humanista bracarense, que era seu sobrinho-neto.