O Castelo do Zêzere é o único dos castelos construídos por intermédio dos templários portugueses, no tempo em que D. Gualdim Pais era Mestre da Ordem, que desapareceu completamente.
Construído na segunda metade do século XII, possivelmente sobre um outro mais antigo, devido à referência documental subsistente na doação efetuada pelo Rei
D. Afonso Henriques em 1169, designava-se como Castelo de Ozêzar.
Implantado num local estratégico, sobranceiro à confluência entre o rio Tejo e o rio o Zêzere, integrava-se na rede defensiva do rio do Tejo, juntamente com o Castelo de Cardiga e de Almourol. Localizava-se junta da localidade de Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha.
No ano de 1174, a Ordem do Templo outorgaria Carta de Foral à povoação de Payo Pele, que lhe estava contígua, sendo plausivelmente esta a data a reedificação do castelo.
Com a perda de utilidade militar que sucedeu à estabilização do território, o castelo iniciou um processo de progressiva degradação, encontrando-se "muy damnificado, e a mayor parte delle deribado por terra", no início do século XVI.
No seu entorno seria edificado também um templo devotado a Nossa Senhora do Zêzere, certamente aproveitando algum do seu material construtivo, que seria demolido a partir de 1911.
Dado ser inexistentes crónicas ou descrições sobre a sua estrutura, apenas podemos conjeturar acerca da definição tipológica e caracterização do Castelo de Zêzere, que obedeceria seguramente ao modelo arquitetónico utilizado por D. Gualdim Pais nos outros cinco castelos levantados por sua iniciativa.
Encontrando-se precocemente em estado de ruína, foram continuamente desaparecendo as suas estruturas construídas. Atualmente, subsistem apenas alguns vestígios de panos de muralha, junto ao cemitério de Praia do Ribatejo.