O Castelo de Tomar é a mais importante estrutura que os Templários edificaram em Portugal, sendo considerado uma das obras-primas da arquitetura militar europeia do século XII. Imponente e tecnicamente muito sofisticado, tem planta poligonal de reduzidas dimensões, sendo composto por três torres, elevando-se duas delas acima da muralha.
Começado a construir em 1160, sobre a estrutura do ancestral castelo de Ceras, foi a primeira ação dos Templários após a doação daquele território por D. Afonso Henriques, compensando a doação gorada de Santarém.
Localizado numa colina sobranceira à cidade de Tomar, em continuidade com o Convento de Cristo, este castelo possui o primeiro exemplar de uma torre de menagem construída em Portugal. Com planta retangular, conta com cerca de 20 metros de altura e quatro pisos. Por razões de segurança, o piso térreo não tem aberturas e o acesso ao seu interior era efetuado através de um alçapão.
Foi no Castelo de Tomar que D. Gualdim Pais experimentou, pela primeira vez, a construção de um alambor, uma rampa construída na base das muralhas ou das torres, com o objetivo, não apenas de aumentar a estabilidade das estruturas, mas também dificultar a missão dos inimigos.
Concentrando os recursos e dedicação dos templários portugueses no decorrer da década de 1160, tendo em vista tornar-se a sede da Ordem do Templo em Portugal, o castelo integrava-se num circuito defensivo alargado, cindido em três espaços distintos. Na parte de maior elevação, encontrava-se o castelo, bem como os espaços de instalação dos templários, estando, no lado oposto, a charola, o lugar da oração. Na parte mais baixa, a sul, encontrava-se a povoação.
Segundo Mário Barroca, a estrutura do Castelo de Tomar segue o modelo das fortificações típicas do sul, sendo composto por almedina, pátio e alcáçova, esta implantada na zona mais alta da colina e fracionada pela área militar e pelo espaço religioso.
Apesar de algumas alterações introduzidas nos séculos XVI e XVII, o Castelo de Tomar mantém a sua estrutura fundacional incólume, tendo sido classificado como Monumento Nacional a 23 de junho de 1910.