O Castelo da Idanha-a-Nova, localizado na vila homónima em uma posição estratégica sobre o vale do rio Pônsul, permitindo uma visibilidade alargada sobre o território circundante, foi erigido a partir de 1187, por intermédio da Ordem do Templo, sob a direção do Mestre D. Gualdim Pais. Edificado na sequência da doação de Idanha-a-Velha e de Monsanto à Ordem do Templo em Portugal, concretizada por D. Afonso Henriques em 30 de novembro de 1165, o castelo apresentava planta ovalada, sendo a porta principal flanqueada por duas torres, uma delas, poligonal, com alambor bastante pronunciado, albergando também uma cisterna. Ao centro, encontrava-se a torre de menagem, de cantaria, ameada, com portal pequeno sobrelevado, constituída por dois pisos, cujo acesso era efetuado por uma escada a partir da casa do comendador. Dois séculos seria intervencionado, datando dessa época a barbacã. Com uma tipologia arquitetónica similar aos demais castelos que a Ordem do Templo edificou entre os séculos XII e XIII, o castelo acabaria por ser responsável pelo surgimento da Idanha-a-Nova, o que significou a progressiva transferência da centralidade social e política desde a Idanha-a-Velha. Baluarte decisivo na linha de defesa oriental do território português, visando o seu povoamento e o reforço da defesa, o rei D. Sancho I outorgou-lhe Carta de Foral em 1206, tendo feito a doação dos seus domínios à Ordem do Templo. Tendo entrado num processo de progressiva degradação, derivado da perda de utilidade militar, o Castelo da Idanha seria aplanado e adaptado a miradouro, conservando apenas pequenos resquícios da fortaleza medieval.