António Bernardo da Costa Cabral foi um dos políticos mais importantes da política portuguesa durante a primeira fase da Monarquia Constitucional. Natural de Algodres, onde nasceu a 9 de maio de 1803, foi deputado, par do Reino, conselheiro de Estado efetivo, ministro da Justiça e Negócios Eclesiásticos e Ministro do Reino.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, abraçou os ideais do Liberalismo, tendo-se destacado como ativista liberal, facto que o obrigou a exilar-se até ao regresso de D. Pedro IV, momento em que seria enviado em missão oficial para os Açores, onde esteve três anos.
Afirmando-se como um dos protagonistas da Belenzada e na Revolta dos Marechais, após a entrada em vigor da Constituição de 1838, foi ministro da Justiça. Quatro anos depois, encabeçou a revolução Cartista no Porto e proclamou a Carta Constitucional abolida em 1836.
Designado Ministro do Reino pela Rainha Dona Maria II, desempenharia este cargo até 1846, ano em que teve de se exilar devido à Revolução da Maria da Fonte. Regressado a Portugal, assumiria o cargo de Presidente do Conselho de Ministros entre 18 de junho de 1849 e 26 de abril de 1851.
A si se deveu a publicação do novo Código Administrativo, a reorganização da Guarda Nacional, a reforma das câmaras municipais, a reforma dos estudos liceais, a abertura de estradas ou a construção do Teatro de D. Maria II.
Em 1838 adquiriria partes do Convento de Cristo e na sua cerca, para aí estabelecer a sua residência de férias, além de desenvolver atividade agrícola. Estando os edifícios devolutos após a extinção das ordens religiosas, Costa Cabral zelaria pela sua conservação e salvaguarda.
Devido à sua reputação institucional, a Rainha D.ª Maria II fê-lo Conde de Tomar, um título nobiliárquico criado a 8 de setembro de 1845, elevado a Marquês de Tomar em 1878.
A partir da Regeneração dedicou-se à diplomacia tendo sido ministro no Brasil e embaixador na Santa Sé, tendo vindo a falecer no Porto a 1 de setembro de 1889.