Madonna

Madonna

BIOGRAFIA

Madonna Louise Veronica Ciccone (n. 1958) é uma cantora, compositora, atriz e empresária norte-americana, amplamente conhecida como a “Rainha da Pop”. Nascida em Bay City, Michigan, mudou-se para Nova Iorque no final dos anos 1970 com poucos recursos e um forte desejo de triunfar no mundo artístico. Lançou o primeiro álbum, Madonna (1983), que a projetou internacionalmente, mas foi com Like a Virgin (1984) que se tornou fenómeno global. Ao longo das décadas, reinventou constantemente a sua imagem e sonoridade, explorando estilos musicais e visuais distintos, do dance-pop ao eletrónico, passando por influências latinas e orientais. Canções como Like a Prayer, Vogue, Ray of Light e Hung Up tornaram-se clássicos. Madonna é também conhecida pela ousadia em abordar temas como sexualidade, religião e política, quebrando tabus e gerando debates culturais. Vencedora de múltiplos prémios, incluindo Grammys e Globos de Ouro, construiu ainda uma carreira no cinema e é filantropa ativa. A sua capacidade de se adaptar às mudanças da indústria e manter relevância ao longo de mais de quatro décadas faz dela uma das figuras mais influentes da música e cultura pop mundial.

VEJO QUE NEM UM BREVE ENGANO POSSO TER

LUÍS VAZ DE CAMÕES

Quando de minhas mágoas a comprida
Maginação os olhos me adormece,
Em sonhos aquela alma me aparece,
Que para mi foi sonho nesta vida.

Lá numa soidade, onde estendida
A vista por o campo desfalece,
Corro após ela; e ela então parece
Que mais de mi se alonga, compelida.

Brado: − Não me fujais, sombra benina. −
Ela (os olhos em mi c’um brando pejo,
Como quem diz que já não pode ser)

Torna a fugir-me; torno a bradar: − Dina…
E antes que diga mene, acordo, e vejo
Que nem um breve engano posso ter.

78.De quem o mesmo Amor não se Apartava
Já a roxa e clara Aurora destoucava
Os seus cabelos de ouro delicados,
E das flores os campos esmaltados
Com cristalino orvalho borrifava;

Quando o formoso gado se espalhava
De Sílvio e de Laurente pelos prados;
Pastores ambos, e ambos apartados
De quem o mesmo Amor não se apartava.

Com verdadeiras lágrimas, Laurente,
− Não sei − dizia − ó Ninfa delicada,
Porque não morre já quem vive ausente,

Pois a vida sem ti não presta nada.
Responde Sílvio: − Amor não o consente,
Que ofende as esperanças da tornada.

pt_PT