O Santo Graal é o cálice que Jesus Cristo teria utilizado durante a Última Ceia, e no qual teria sido recolhido o seu sangue durante a crucificação. Este objeto místico, que fomentou mitos e lendas, teria especiais propriedades curativas, entre outros poderes. Até hoje alguns templos cristãos continuam a reclamar a posse desta sagrada relíquia, como, por exemplo, a Catedral de Valência. Vinculado ao rosacrucianismo, filosofia hermética, alquimia e maçonaria, o Santo Graal é um símbolo ligado ao conhecimento iniciático e aos mistérios da busca espiritual de tradições anteriores ao surgimento do Cristianismo, como, por exemplo, nos países nórdicos. A maior parte das lendas que surgiram na Idade Média dizem respeito às cruzadas e aos cavaleiros Templários. As principais narrativas míticas acerca do Santo Graal surgiram no decorrer do século XII por intermédio de poetas e trovadores como Chrétien de Troyes, Robert de Boron ou Wolfram von Eschenbach, que fomentaram uma narrativa que sustentava que José de Arimateia teria trazido o Santo Graal para Inglaterra, onde teria sido construído o primeiro templo cristão da Europa. Esta lenda ficaria também associada à história do Rei Artur e dos cavaleiros da Távola Redonda, cuja missão era encontrar o Santo Graal. Para os celtas, o Santo Graal poderia ser um caldeirão mágico da deusa Ceridwen. Porém, a mitologia mais significativa associada ao Santo Graal está vinculada aos Templários, cavaleiros que também teriam procurado esta sagrada relíquia e que a teriam presumivelmente guardado e escondido. Segundo estas narrativas, os templários teriam descoberto e protegido o Santo Graal em Jerusalém, debaixo do Monte do Templo, onde se fixaram desde a sua fundação. A sua custódia constituir-se-ia como o maior dos segredos confiado aos seus membros, que também o utilizariam nos seus ritos iniciáticos. Após a extinção dos templários, a relíquia teria sido trazida para França, aparecendo, mais tarde, a sua presumível descoberta associada aos Cátaros.