Sítio do Picapau Amarelo é uma série de 23 volumes de literatura infantil escrita pelo autor brasileiro Monteiro Lobato (entre 1920 e 1947). A obra tem atravessado gerações e geralmente representa a literatura infantil do Brasil. O conceito foi introduzido de um livro anterior de Lobato, “A Menina do Narizinho Arrebitado” (1920), a história que depois foi publicada como o primeiro capítulo de “Reinações de Narizinho” (1931), que é o livro que serve de propulsor à série de Sítio do Picapau Amarelo. Precedentemente, Lobato já havia publicado os volumes “O Saci” (1921), “Fábulas” (1922), “As aventuras de Hans Staden” (1927) e “Peter Pan” (1930).
O cenário principal é um sítio, batizado com o nome de Picapau Amarelo, de onde vem o título da série, onde mora Dona Benta, uma idosa de mais de sessenta anos que vive na companhia da sua neta Lúcia, ou Narizinho (como normalmente é chamada) e a empregada, Tia Nastácia. Narizinho tem como amiga inseparável uma boneca de pano velho chamada Emília, feita pela Tia Nastácia.
No enredo entram também as personagens: Visconde de Sabugosa, Tio Barnabé, Marquês de Rabicó, o burro Conselheiro e o rinoceronte Quindim. Todas elas conviviam harmoniosamente com personagens do mundo imaginário, além de personagens que Lobato resgatava da mitologia grega. Dessa maneira, o escritor tinha como principal intenção divertir e educar por intermédio da leitura, incentivando nos mais pequenos a vontade de aprender.
Foi adaptado diversas vezes desde os anos 1950, para filmes e séries de televisão, sendo as produções da Rede Globo de 1977-1986 e 2001-2007 as mais populares. Globo detinha os direitos de Sítio do Picapau Amarelo e foi a última editora dos livros antes da entrada em domínio público.
Monteiro Lobato foi um dos primeiros escritores a enveredar-se pelo universo lúdico das crianças. Quando começou a escrever para os mais pequenos, ainda não existia literatura voltada para esse público.
Quando criou o Sítio do Picapau Amarelo e as suas personagens, não imaginava que estaria a marcar para sempre a história da literatura infantil brasileira, que faria dele o seu maior representante.