Diana Spencer

Diana Spencer

BIOGRAFIA

Diana Frances Spencer (1961–1997), mais conhecida como Princesa Diana, nasceu numa família aristocrática inglesa e tornou-se numa das figuras mais queridas e mediáticas do século XX. Casou-se em 1981 com o Príncipe Carlos, herdeiro do trono britânico, numa cerimónia que foi transmitida para centenas de milhões de espectadores em todo o mundo. Com a sua beleza, simplicidade e calor humano, conquistou rapidamente o público, quebrando a formalidade tradicional da monarquia britânica. Tornou-se “A Princesa do Povo” não apenas pelo carisma, mas pelo envolvimento ativo em causas humanitárias, como o combate à SIDA, a luta contra as minas terrestres e o apoio a instituições de caridade ligadas a crianças e pessoas desfavorecidas.

Apesar da imagem pública de conto de fadas, a sua vida pessoal foi marcada por dificuldades: um casamento problemático, relações extraconjugais, pressão mediática constante e problemas de saúde, como bulimia e depressão. O divórcio de Carlos, oficializado em 1996, não diminuiu a atenção que recebia. Diana reinventou-se como figura pública independente e manteve uma agenda intensa de ações humanitárias. A sua morte trágica num acidente de carro em Paris, a 31 de agosto de 1997, aos 36 anos, provocou uma comoção mundial sem precedentes. Milhões de pessoas prestaram homenagem, e o seu funeral foi acompanhado por uma audiência global.O legado de Diana transcende a realeza: abriu caminho para uma monarquia mais próxima do povo, inspirou mudanças no discurso sobre doenças estigmatizadas e continua a ser lembrada como símbolo de compaixão, coragem e humanidade. A sua vida e morte influenciaram profundamente a imagem pública da Casa Real Britânica e moldaram o relacionamento da monarquia com a imprensa e o público no século XXI.

POEMA À MÃE

EUGÉNIO DE ANDRADE

No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos!

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos…

Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha – queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
“Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal…”

Mas – tu sabes! – a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu…

Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas…

Boa noite. Eu vou com as aves!

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