Clara Josephine Wieck nasceu em 1819 em Leizpig, na Alemanha.
O seu pai Friedrich era um conceituado professor de piano e queria muito que a filha seguisse as suas pisadas, dizendo, mesmo antes dela nascer, que iria fazer dela uma brilhante pianista.
Com apenas 5 anos já era notório que Clara possuía um talento nato. Além do piano, Clara tinha aulas de violino, canto e composição musical.
Esforçava-se muito e quando não estava a praticar piano, o pai levava-a a concertos para que Clara ouvisse e aprendesse com a atuação de outros músicos. Tanta prática compensou porque, com apenas 11 anos, Clara deu o seu primeiro concerto a solo, no palco da famosa Gewandhaus, uma conceituada sala de concertos em Leizpig. Nessa época, quase todos os recitais de música era tocados por homens e era raro ver uma menina tão pequena a tocar piano.
Para ser reconhecida, o pai sabia que tinha de levar Clara a Paris porque todos os grandes nomes da música da época tocavam lá. E assim foi, os dois partiram para a cidade francesa mas pelo caminho, que durou três meses, pararam em várias localidades onde Clara tocou piano e recebeu rasgados elogios.
Com 20 anos, Clara apaixonou-se pelo compositor Robert Schuman, que era aluno do seu pai e os dois casaram. Na época não era comum que as mulheres trabalhassem depois de se casarem, mas Clara quebrou esse estereótipo e continuou a dar concertos e a compor a sua própria música, tendo também inspirado o marido em algumas das suas maiores obras.
Juntos, tiveram oito filhos e Clara sempre conciliou a educação dos seus filhos com a sua carreira na música, nunca deixando de tocar durante toda a vida.