Mafalda foi criada a 15 de março de 1962, desenhada com o propósito de publicitar artigos para o lar, mas foi recusada. Dois anos depois saltou para as páginas do semanário “Primera Plana”, a comentar os grandes temas da atualidade do seu país e do mundo. Depressa é publicada em livros de capa grossa na América Latina, na Europa e noutros cantos do planeta, em crescente popularidade.

Mafalda foi a protagonista da banda desenhada que nasceu pelas mãos do cartoonista argentino Quino. As histórias, apresentando uma menina preocupada com a humanidade e a paz mundial, indignada com o estado atual do mundo, apareceram de 1964 a 1973, usufruindo de uma altíssima popularidade.
As perguntas que faz e as suas frases exemplares como “Parem o mundo! Quero sair.” ou “A sopa é para a infância o que o comunismo é para a democracia”, cativaram de imediato os leitores.
De dedo em riste, Mafalda questiona o mundo e as perguntas que faz deixam-nos a pensar e a rir. Com apenas seis anos, esta menina de cabelo farto e negro é refilona, irreverente, perspicaz, pessimista, inteligente. Odeia sopa e adora os Beatles.

Após alguns anos de muito sucesso, Quino decidiu acabar com a publicação das histórias em 25 de Junho de 1973, afirmando que temia começar a repetir-se. Posteriormente, deu a entender que temia represálias políticas.
Desde essa data, Quino ainda desenhou Mafalda algumas vezes, principalmente para promover campanhas sobre os Direitos Humanos, como em 1976 com um poster para a UNICEF ilustrando a Declaração Universal dos Direitos da Criança.
A obra de Quino foi editada em 16 idiomas e mais de 30 países e em 1979 foi lançado um filme da personagem Mafalda, com direção de Carlos Márquez.
Em homenagem ao autor e à sua obra, na cidade de Buenos Aires na Argentina, existe uma praça chamada Mafalda.